O diretor de sustentabilidade da Natura, Marcos Vaz, afirmou ontem que outubro será a data do lançamento no mercado brasileiro do primeiro produto cosmético com embalagem de “polietileno verde”. O objetivo da iniciativa é reduzir o impacto ambiental causado pela produção desse item. O material, também chamado de “plástico verde”, é produzido a partir da cana-de-açúcar, fonte de energia vegetal e renovável, ao contrário do plástico comum, derivado do petróleo.
Essa inovação é fruto de parceria entre a Natura e a petroquímica Braskem e já havia sido anunciada recentemente, mas ainda sem a data definida para o lançamento. O plástico verde será lançado gradualmente, a partir de outubro, nas embalagens de refil.
Marcos Vaz e o diretor-presidente da Natura, Alessandro Carlucci, estiveram ontem no lançamento do Movimento Empresarial pela Proteção e Uso Sustentável da Biodiversidade, em São Paulo, evento que contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O movimento tem o objetivo de mobilizar o setor empresarial para a construção de propostas sobre o tema a serem apresentadas ao governo em setembro.
Os empresários esperam que o Brasil exerça, em outubro, papel de liderança durante a 10ª Conferência das Partes da COP-10 (Convenção sobre Diversidade Biológica), em Nagoya, no Japão.
O objetivo da convenção é preservar a biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e fomentar a repartição dos benefícios oriundos da utilização dos recursos genéticos. O movimento empresarial tem o apoio da Natura, CPFL, Walmart, Vale e Alcoa.
AMÉRICA LATINAAs metas socioambientais descritas no balanço da Natura vão se estender para as unidades terceirizadas de produção na América Latina, que estão em fase de planejamento, afirmou Vaz.Em julho, a companhia informou que pretende iniciar a produção terceirizada em pelo menos um país da América Latina até o fim de 2010, e em mais três países no próximo ano.
Vaz explicou que o processo “tem relações diretas com a questão ambiental”. Segundo ele, a reestruturação da malha logística e a descentralização da produção eliminam boa parte das emissões de gás carbônico com transporte dos produtos até o consumidor.
Créditos: Dgabc
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